PULCRO... TOTUS TUU

Hoje

eu não

quero
cura para o meu mal

de duas letras:

TU.

DEFINIR É LIMITAR-SE. LIMITO-ME ENTÃO?

Eu vim ao mundo. Tenho 27 anos. Professor de Artes. Psicopedagogo. Arteterapeuta. Ator. Viciado em livros... em músicas... em sorvetes... E em reticências. Adoro a pressa, a pressa de amar. Meu amor é determinado. Não venham com elogios, pois eles não me elevam em nada, muito menos as ofensas me rebaixam. Pois sou o que sou e não o que acham ou deixam de achar. Eu não tenho coração de ouro para oferecer-te, também não tenho coração de pedra. Nem quero sim quando verdadeiramente quero dizer não. Não sou daqueles que me obrigo para ser gentil pelas aparências, nem tão pouco dócil com as exigências. Tento ser rigoroso comigo mesmo. Lágrimas escorrem pelo meu rosto quando meus sentimentos são verdadeiros, no máximo puros. Hipocrisia deixo com os políticos, não tenho jeito para isso. Pior provocação é a arrogância. Já a maior virtude é a honestidade, gratidão e solidariedade. Amo os animais mais do que ser o humano. Eles são verdadeiros. Amo também as crianças porque elas não mentem.

Vindo ao mundo, eu fui marcado pelo pecado original. Pela minha natureza, eu estou inclinado ao mal. Na arte, eu me delicio na minha própria dor e compaixão. Atinjo minha maioridade e a capacidade de agir, de concluir um contrato, de ditar minhas últimas vontades. Eu estou maduro para o pecado. Em seguida, vem o tempo no qual eu posso ser traduzido pela justiça, no qual eu posso perder minha honra, o tempo no qual eu posso me ligar e desligar por um contrato.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

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